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domingo, 18 de novembro de 2012

Pensar Portugal


Pensar Portugal

Um dos maiores problemas que Portugal tem enfrentado nos últimos anos é a falta de capacidade e qualidade da elite politica Portuguesa em pensar um país a longo prazo. Aliás, estas mesmas elites têm sido cada vez mais fracas e podemos observar isso pelo simples facto que nos últimos 2 governos houve sempre alguém cuja licenciatura foi colocada em causa. Não que uma licenciatura seja um passaporte para um conhecimento inesgotável ou qualidade profissional inigualável, mas é sinal de credibilidade e confiança que deve ser dado aos Portugueses por qualquer político.
Mas não obstante da falta de visão que os políticos tem tido, o que acho que nos devia chocar a todos é o silêncio das Universidades Portuguesas, que tem obrigação de ser centros de estudo e projeção de cenários futuros sem qualquer tipo de interesses ou influências político-partidárias, este devia ser o pensamento que nos devia guiar neste momento, como sempre aconteceu desde o passado, como por exemplo Keynes e o seu modelo de ressurreição da economia Americana pós grande depressão. Ao contrário de tudo isto, temos silêncio.
Se olharmos para os últimos episódios da politica Portuguesa, podemos observar que do ponto vista económico temos andado à deriva. Tanto se apresenta uma medida de alteração à TSU como em alternativa se faz um ajuste aos escalões do IRS. Este orçamento do próximo ano está brutalmente frágil e podemos todos duvidar dos resultados deste ajuste pelo lado da receita, mas mais grave ainda é que nenhuma destas medidas reflete uma verdadeira visão global para resolver os problemas estruturais de atracão de investimento externo que temos enfrentado nos últimos 15 anos ou pelo menos não nos é comunicado com clareza.
Mas isto não significa só que estamos a tentar ir pelo caminho mais fácil, aumentando impostos sobre o rendimento, isto revela também uma falta de capacidade de diagnosticar os nosso verdadeiros problemas e compreender as suas raízes. Portugal está há mais de uma década a tentar consolidar as contas públicas, recorrendo a sucessivos aumentos de impostos e com cortes muito limitados na despesa. Estamos a aplicar uma receita que não funciona há mais de dez anos e as sugestões vão no sentido de continuarmos a aumentar impostos.
Daqui a um ano estaremos a discutir a subida do IVA para 25%? No Orçamento de 2018 teremos passado a taxa reduzida e a taxa intermédia do IVA para a taxa normal e colocá-la-emos nos 30%? Subiremos o escalão máximo do IRS para 60%? Subiremos os impostos sobre os combustíveis para colocar o preço do litro de gasolina nos 3 euros? Faremos o mesmo ao tabaco, colocando o maço acima dos 5 euros? Subiremos o IRC para 40% para garantir que nenhuma empresa estrangeira cometa a imprudência de vir criar um emprego que seja em Portugal?
Está claro para todos que o caminho tem de ser a redução da despesa, sendo importante lembrar que o anterior governo, assim como o PSD e o CDS se comprometeram com uma consolidação orçamental baseada em dois terços em corte da despesa.
É evidente que o caminho tem de ser a redução da despesa, sendo importante lembrar que o governo se comprometeu a que a consolidação orçamental se baseasse em dois terços nisso. No entanto, também é verdade que o governo deixou passar os tempos politicamente mais favoráveis, imediatamente após a sua eleição, estando atualmente muito fragilizado.
Deve haver um claro incentivo à redução do número de pessoal que seja considerado excedentário e a uma eventual relocalização de serviços em moradas menos caras, mas igualmente bem servidas de transportes. Nas Finanças é necessária uma reafectação de pessoal, das tarefas administrativas para as de inspeção, para um mais eficaz combate à evasão fiscal.
Em relação às PPP é preciso, não apenas uma renegociação, mas a investigação daquelas que contêm cláusulas leoninas contra os interesses do Estado e dos contribuintes. Nos casos relevantes, deveriam constituir-se arguidos de corrupção todos os envolvidos, vindo depois a ser eventualmente acusados de corrupção pelo Ministério das Finanças, Tribunal de Contas e Ministério Público.
Há certamente muito a fazer ainda, esperemos todos que tenhamos coragem para aguentar o que ai vem.

Firmino Miguel Serôdio

domingo, 23 de setembro de 2012

Plano Energético Nacional

Como se tem vindo a falar, a energia é, para qualquer país, simultaneamente
um importante factor de crescimento da economia e um elemento vital para o
desenvolvimento sustentável. Para Portugal pode vir a ser também uma grande
oportunidade de (re)inventar a sua política energética e afirmar-se como um polo
líder, tanto em investigação e desenvolvimento como em produção. Assim, ao nível
da definição de uma política energética nacional, caberá a qualquer país diversificar
a oferta de fontes de energia alternativas ao petróleo para reduzir a dependência
dos combustíveis fósseis, razão pela qual internacionalmente se suscita a questão do
potencial de implantação das energias renováveis.

Esta ideia não é assim tão recente quanto isso, já em 2006 a famosa consultora Ernst &
Young ao elaborar um avaliação sobre o estado do mercado, das infraestruturas e da
viabilidade das energias renováveis em todo mundo, elegeu Portugal e Espanha como
recomendação máxima para os investidores internacionais que pretendam apostar no
sector. A razão desta liderança Ibérica assenta no facto de ambos os países oferecerem
um forte potencial de crescimento nesta área, sendo que o período que passamos
hoje em dia pode também servir como incentivo aos investidores estrageiros (e
Portugueses) a procurarem parcerias de modo a investir no sector.

Considerando que o sector da energia é e será um dos sectores económicos mais
procurados, tanto pela oportunidade de criação de negócio, como pelo grande
interesse em acabar com a dependência dos combustíveis fosseis, terá de ser uma
aposta forte no relançamento da nossa economia pós-crise. Para isso será necessário
elaborar e promover um plano estratégico nacional de desenvolvimento do sector,
onde sejam licenciados transparentemente as concessões para a produção energia
sobre as diversas formas (eólica,ondas, geotermica, solar,etc.) assim também como o
incentivo público e privado à mobilidade eléctrica e para a microprodução de energia.

De facto, as grandes potências mundiais - como, por exemplo, a China e os EUA -,
assim como os países da União Europeia procuram agora firmar a sua liderança nas
renováveis, compreendendo-as como indispensáveis para modernizar a economia,
garantir a "sustentabilidade" e reduzir a dependência externa, uma vez que quanto
mais energia renovável um país tiver menos dependente dos combustíveis fósseis será.

Não esquecendo que a meta energética definida pelo Concelho Europeu de sujeitar os
países membros a atingir os 20% de produção de energia renováveis até 2020.

domingo, 19 de agosto de 2012

Caros Amigos,

Depois de muito ponderar do ponto de vista pessoal e profissional, decidi ser novamente e pela ultima vez candidato à liderança da estrutura concelhia da JSD Almeirim. Desde inicio o meu objectivo foi construir uma estrutura força em massa critica e com ideias novas e transparentes para a Juventude e para Almeirim. Fazendo um balanço dos últimos 2 anos penso que os objectivos foram atingidos e até excederam as minhas expectativas pessoais.
Não posso deixar de a
gradecer a toda a equipa que comigo esteve e que contribuiu para o sucesso deste mandato.

Daqui para frente o desafio é ainda maior, as eleições Autárquicas aproximam-se e é imperativo mostrar aos Almeirinenses que precisamos revitalizar Almeirim e transforma la num pólo de desenvolvimento onde os jovens tem um lugar central no futuro do Concelho.
A única coisa que prometo é a defesa dos interesses dos Jovens de Almeirim acima de todos os interesses pessoais que possam existir.

Conto com todos vocês!

Vamos em frente!

Firmino Miguel Serôdio

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Almeirim, que futuro?

Por esta altura em que Almeirim comemora os 600 anos da sua fundação e 21 anos de elevação a cidade. Fui nascido e criado na cidade de Almeirim e desde sempre me deixei apaixonar por este belo recanto da lezíria que está perto de tudo mas longe da confusão das grandes cidades, e penso que seja esta a altura ideal dada a actual conjuntura para fazermos um pequeno balanço do passado, analisar o presente e projetar aquilo que queremos que seja o futuro para Almeirim. Como jovem com uma participação cívica activa na cidade sinto a preocupação de cada vez mais ver os meus amigos e colegas de sempre a terem de levar o futuro da sua vida para longe da nossa terra, é certo que em muitos casos as suas qualificações não tem qualquer oportunidade por aqui, mas noutros casos provavelmente não criadas condições para que essas oportunidades surjam por aqui, assim sendo caminhamos a passos largos para ver uma cidade cada vez mais envelhecida incapaz de se auto renovar. Este cenário não está assim tão distante como os amigos leitores possam pensar. Está na altura de repensarmos qual deverá ser o posicionamento estratégico de Almeirim e a forma como podemos apoiar e atrair investimento, quer seja pela via do empreendedorismo quer seja através de mediação com outras empresas que devido á posição geoestratégica da nossa terra podem ter ganhos de competitividade Precisamos que os nossos decisores autárquicos abracem esta missão e sejam verdadeiros embaixadores da nossa terra por esse mundo, porque a qualidade de vida dos Almeirinenses não se mede só pelas estruturas que a cidade possui, mas também pela segurança que podem encontrar no seu local de trabalho.  


 Firmino Miguel Serôdio

sábado, 16 de junho de 2012

Cuidado, pode ser uma armadilha!


Cuidado, pode ser uma armadilha!


(Re) Apareceu em Portugal há pouco tempo o termo empreendedorismo, e desde essa altura tem sido usado como a solução para tudo.

As conferências e os workshops invadem os nossos facebooks com convites para eventos e a comunicação social faz também uma aclamada publicidade à palavra.
A verdade é que hoje em Portugal ser Empreendedor é um estatuto de privilégio.

Na realidade é uma solução tendo em conta a actual conjuntura e tendo em conta os diversos casos de sucesso que ouvimos falar, mas esconde também um lado mais sombrio. Sempre que observamos os programas destes ditos workshops, a criatividade e a rebeldia são centrais, fazendo crer que uma ideia inovadora é a receita única para criar um negócio sustentável e com sucesso.
Mas por favor desenganem-se. A taxa de sucesso destas start-ups é em média de 20%, muitas delas nem passam do primeiro ano, não por não ter uma ideia, mas por não existir uma base sustentável para desenvolver o negócio.

Mas se as incubadoras estão cheias de ideias, porque é que só um pequeno grupo consegue ter sucesso?

O problema está que muitas vezes a análise cuidadosa do mercado e da sustentabilidade do negócio é esquecida pela obsessão da ideia inovadora.
Mas a verdade é que hoje em dia no Ensino Superior em Portugal existem poucos cursos que ajudem a criar um plano de negócios. Mais raro ainda são aqueles que falam das dinâmicas de equipas fundadoras, que são uma das causas frequentes do insucesso. Na verdade há uma desinformação acerca dos aspectos técnicos e uma sobrevalorização das ideias. Poucos dos novos empreendedores sabem que por exemplo o sucesso dos computadores DELL teve a ver com a introdução de um novo modelo de distribuição.

O caminho do empreendedorismo é moroso e envolve muito risco. Não o risco rebelde de querer ser diferente, mas o risco de perder muitas noites com tabelas de Excel chatas, mas decisivas, mantendo assim um sentido de responsabilidade e perseverança. O caminho é realmente difícil, mas como e tudo só os mais bem preparados para antecipar os problemas podem vir a ter o prazer de conseguir o sucesso.


Firmino Miguel Serôdio

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Está a Agricultura na Moda?


Nos últimos tempos temos vindo a assistir a vários “opinion-makers” afirmarem que Portugal tem de apostar de novo na Agricultura. A verdade é que quando a crise nos leva ao fundo, temos de voltar a abraçar as coisas mais simples da vida, e regressar ao quintal e às terras muito esquecidas pelas gerações mais novas. Pode parecer provinciano, mas esta é a realidade a que estamos sujeitos quando os responsáveis políticos são incapazes de criar um modelo de desenvolvimento e de criação de riqueza no sector agrícola em Portugal.
Mas se há muitos que hoje em dia que pensam que a agricultura ainda vive na Idade Média, estão puramente enganados. A agricultura em Portugal apresenta nichos de mercado altamente competitivos, apresentado em grande parte inovações tecnológicas e uma gestão do mais alto nível, que se resumem num grande potencial exportador.
Portugal é conhecido hoje pela Europa por ser um país capaz de produzir com qualidade e valor acrescentado, mas como em tudo faltam-nos uma aposta forte uniformizada a nível nacional no Marketing e na promoção de diversos canais de distribuição, e é ai que o Ministério da Agricultura e Pescas tem de investir a sério. É necessário é definir objectivos e metas, plurianuais e anuais, para a dimensão de cada actividade agro-florestal e para a sua criação de riqueza, traduzindo-as em estratégias e planos de acção.
Mas a verdade é que mesmo sem um Estado capaz de ser de alavanca para os agricultores que querem criar emprego e e investir em Portugal, os empresários agrícolas portugueses estão a fazer um trabalho notável em vários subsectores agrícolas, como amoras, kiwis, a castanha, a pêra-rocha, a uva de mesa, entre outros. Deixando uma mensagem bastante clara de que precisamos tanto da experiência dos empresários estrangeiros como eles precisam da nossa.
O que nós precisamos é de um Ministério da Agricultura que cumpra os prazos dos processos burocráticos de licenciamento, e sobretudo os prazos de pagamentos atempados para financiar os projectos agrícolas.
Não precisamos de campanhas e acções que apenas servem para a promoção politica de Ministros e Secretários de Estado, mas de quem nos possa apoiar divulgando as estratégias ajustadas, com base no como se faz, para fazer crescer e desenvolver efectivamente, quer a economia, quer a agricultura de Portugal.

Firmino Miguel Serôdio