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Perfíl

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Está a Agricultura na Moda?


Nos últimos tempos temos vindo a assistir a vários “opinion-makers” afirmarem que Portugal tem de apostar de novo na Agricultura. A verdade é que quando a crise nos leva ao fundo, temos de voltar a abraçar as coisas mais simples da vida, e regressar ao quintal e às terras muito esquecidas pelas gerações mais novas. Pode parecer provinciano, mas esta é a realidade a que estamos sujeitos quando os responsáveis políticos são incapazes de criar um modelo de desenvolvimento e de criação de riqueza no sector agrícola em Portugal.
Mas se há muitos que hoje em dia que pensam que a agricultura ainda vive na Idade Média, estão puramente enganados. A agricultura em Portugal apresenta nichos de mercado altamente competitivos, apresentado em grande parte inovações tecnológicas e uma gestão do mais alto nível, que se resumem num grande potencial exportador.
Portugal é conhecido hoje pela Europa por ser um país capaz de produzir com qualidade e valor acrescentado, mas como em tudo faltam-nos uma aposta forte uniformizada a nível nacional no Marketing e na promoção de diversos canais de distribuição, e é ai que o Ministério da Agricultura e Pescas tem de investir a sério. É necessário é definir objectivos e metas, plurianuais e anuais, para a dimensão de cada actividade agro-florestal e para a sua criação de riqueza, traduzindo-as em estratégias e planos de acção.
Mas a verdade é que mesmo sem um Estado capaz de ser de alavanca para os agricultores que querem criar emprego e e investir em Portugal, os empresários agrícolas portugueses estão a fazer um trabalho notável em vários subsectores agrícolas, como amoras, kiwis, a castanha, a pêra-rocha, a uva de mesa, entre outros. Deixando uma mensagem bastante clara de que precisamos tanto da experiência dos empresários estrangeiros como eles precisam da nossa.
O que nós precisamos é de um Ministério da Agricultura que cumpra os prazos dos processos burocráticos de licenciamento, e sobretudo os prazos de pagamentos atempados para financiar os projectos agrícolas.
Não precisamos de campanhas e acções que apenas servem para a promoção politica de Ministros e Secretários de Estado, mas de quem nos possa apoiar divulgando as estratégias ajustadas, com base no como se faz, para fazer crescer e desenvolver efectivamente, quer a economia, quer a agricultura de Portugal.

Firmino Miguel Serôdio

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